quinta-feira, 9 de agosto de 2012

C.E.A.S.A

O conjunto arquitetônico da Central de Abastecimentos de Porto Alegre - CEASA - foi o projeto vencedor de um concurso de anteprojetos que ocorreu em 1969, e tem como solução a estrutura modular elaborada pelos arquitetos Cláudio Araújo, Carlos Fayet, Carlos Eduardo Comas e engenheiro Eládio Dieste. A principal edificação do conjunto, o Pavilhão dos Produtores, apresenta 56 módulos de abóbadas com dupla cobertura, que possibilitaram grandes vãos - cerca de 25 metros - sem apoios intermediários e com iluminação zenital através do intervalo entre elas. As abóbadas de canhão em cerâmica armada foram a solução para atender ao programa de necessidades e ao custo previsto. A ousada estrutura, destaque da arquitetura moderna nacional e mesmo internacional, foi registrada pelo fotógrafo João Alberto Fonseca da Silva logo após sua construção, e estão à disposição dos pesquisadores no Laboratório de História e Teoria da Arquitetura UniRitter, no local ou através do website da Instituição.


Ed. Consórcio

Esta fotomontagem feita pelo fotógrafo João Alberto Fonseca da Silva, mostra a maquete do Edifício Consórcio inserida no terreno onde futuramente seria construído, ao lado do Palácio do Comércio, com suas fachadas voltadas para o Largo Visconde de Cairú e avenidas Mauá e Julio de Castilhos.
A edificação foi destinada exclusivamente para fins comerciais, com 15 pavimetnos de escritórios e lojas no pavimento térreo. Sua estrutura era também inovadora, com lajes cogumelo nos andares tipo e elementos de proteção solar incorporados à fachada voltada para o Guaíba. Numa época em que recursos de computação gráfica ainda não existiam, a habilidade do fotógrafo em acertar perspectivas e dimensões com tal precisão gerou uma imagem em que é quase impossível perceber a inserção da maquete.

Refinaria Alberto Pasqualini

Inaugurada em 1968 como unidade de negócios da Petrobrás do Rio Grande do Sul, a Refinaria Alberto Pasqualini, projeto do Arq. Carlos Maximiliano Fayet, Arq. Cláudio Araújo, Arq. Miguel Alves Pereira e Arq. Moacir Moojen Marques está localizada no maior parque industrial do estado, no municipio de Canoas. A implantação do conjunto preservou parte do relevo assim como a antiga sede da fazenda de 217 hectares anteriormente pertencente à Família Cirne Lima.
No projeto da Refinaria é possível verificar o uso de novos materiais e técnicas construtivas inovadoras para a época, com a utilização de grandes vigas e painéis pré-fabricados. Destaca-se o detalhamento elaborado, além do contexto geral do conjunto de edifícios, que se caracterizam pela solução específica devido à função, localização e arquiteto que projetou cada um dos blocos. No entanto, identifica-se uma grande uniformidade entre eles, resultado da linguagem arquitetônica e dos materiais empregados. 
 

Ed. Guaspari

Desta vez, o acervo do JAFS divulga imagem do Ed. Guaspari, que comemora 75 anos de existência neste ano, e é um marco da arquitetura proto-moderna no Rio Grande do Sul. Essa edificação, projetada por Fernando Corona, possui como características as esquadrias dispostas em linha horizontal, fluidez das esquinas, que são arredondadas e referencia às linguagens Art Deco e náutica. Esta é mais uma das inúmeras imagens contidas no acervo João Alberto Fonseca da Silva

Enchente de 1941

As chuvas intensas do mês de maio de 1941 estão guardadas na memória da cidade de Porto Alegre. Quando o Guaíba invadiu o centro chegando até a Rua dos Andradas, bondes e automóveis cederam seus lugares para os barcos, que se tornaram o principal meio de transporte. Esta imagem tomada pelo fotógrafo João Alberto Fonseca da Silva na Rua da Praia, entre a Uruguai e a Gal. Câmara, é uma entre tantas outras contidas no acervo João Alberto.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ed. Jaguaribe


O Edifício Jaguaribe é visto com um paradigma da arquitetura habitacional em Porto Alegre. Projetado em 1951 por Fernando Corona e executado pela Construtora Azevedo Moura e Gertum, este edifício de linguagem modernista localiza-se na parte alta do centro da cidade, na esquina da Av. Salgado Filho com a Rua Vigário José Inácio. Com vista pra o rio, possui 26 pavimentos e aproximadamente 65 metros de altura. O projeto tem como programa as funções comerciais e residenciais e é dividido por blocos. No entanto, isso é imperceptível através da fachada, que se expressa como um volume único, como se percebe na foto, tomada durante sua construção pelo fotógrafo João Alberto Fonseca da Silva. Esta e muitas outras imagens que retratam a evolução de Porto Alegre se encontram no acervo João Alberto UniRitter.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ed. Formac

A cada quinze dias uma foto do Acervo João Alberto Fonseca da Silva (JAFS), do Laboratório de História e Teoria, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UniRitter será publicada no blog. A ação faz parte do projeto de divulgação do acervo, que conta com imagens que registram o cotidiano e construções históricas que datam desde o início do século XX até a década de 1980.

Esta imagem, fotografada por João Alberto em 1952, mostra a inserção da maquete do edifício Formac na paisagem de Porto Alegre de então, simulando a realidade, implantando o volume monumental e moderno, com brises-soleil que protegem a fachada da insolação no contexto da área portuária.

Projetado pelo arquiteto Carlos Alberto de Hollanda Mendonça, o edifício Formac, inovador, com 26 pavimentos, tinha inicialmente o propósito de uso misto: escritórios, habitação a partir do 17º pavimento, e, como programa especial na cobertura, um restaurante. Na versão executada, que, este ano, completa 60 anos, os brises da fachada oeste foram substituídos por cobogós e uma grelha vertical de proporção menor que a proposta original foi aplicada.

Com precisão e habilidade, mesmo com poucos recursos tecnológicos e sem o auxílio de computação gráfica, o fotógrafo João Alberto Fonseca da Silva combinou perfeitamente as linhas de fuga da maquete na perspectiva da cidade e tornou imperceptível a inserção do modelo na paisagem urbana real.

Esta é mais uma das inúmeras fotografias do Acervo João Alberto que registram a atuação dos arquitetos e a evolução urbana de Porto Alegre ao longo de mais de 40 anos.